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O CUSTO DA ENERGIA

Agora que você sabe o que são medidas de #conservaçãodeenergia, consegue entender quando você opta por desligar o ar condicionado, está pensando em reduzir o consumo e evitar receber uma conta de luz muito alta, certo? Muitas vezes, quando o assunto é #eficiênciaenergética, o primeiro tópico que vem à mente da maioria dos usuários é realmente a redução da conta de luz. Mas você sabe quanto e pelo quê está pagando na sua fatura?


A composição da tarifa de #energia considera três custos distintos:

  1. Geração de energia: transformação de energia primária em eletricidade.

  2. Transporte da energia: desde a geradora até a unidade consumidora. Este setor é dividido em dois segmentos, a transmissão - que entrega a energia para a distribuidora - e a distribuição - que leva a energia até o usuário final.

  3. Encargos: os encargos do setor e os tributos são instituídos por lei. Alguns incidem somente sobre o custo da distribuição, enquanto outros estão embutidos nos custos de geração e de transmissão. Além disso, há a Contribuição para Iluminação Pública pelo governo municipal.


No Brasil, o custo da produção de energia está diretamente ligado às condições climáticas e ao regime de chuvas: elas abastecem os rios que movem as hidrelétricas que abastecem boa parte do país com energia mais barata. Em períodos de seca, os leitos dos rios diminuem, e para manter a oferta de energia constante, são acionadas as usinas reserva, basicamente movidas a carvão. O carvão é um combustível mais caro - e mais poluente - que a água dos rios, gerando variações no custo da energia.


Bandeiras Tarifárias


Essa variação do custo da energia era repassada anualmente para o consumidor através de reajustes. Mas desde 2014, foram instituídas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) as bandeiras tarifárias. Isso quer dizer que, em tempos de produção mais cara de energia, sobretaxas podem ser cobradas nas tarifas a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos pelos usuários.


Com as bandeiras tarifárias, divulgadas mensalmente pela ANEEL e informadas nas próprias faturas de energia, o consumidor fica ciente da situação e pode optar por adaptar o seu consumo naquele período:

  • Bandeira verde: quando as condições para a geração de energia estão favoráveis, e a tarifa não sofre nenhum acréscimo.

  • Bandeira amarela: quando as condições de geração estão menos favoráveis, e a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01343 por kWh consumido.

  • Bandeira vermelha - patamar 1: quando as condições de geração ficam mais custosas, e a tarifa tem acréscimo de R$ 0,04169 por kWh consumido.

  • Bandeira vermelha - patamar 2: quando as condições estão ainda mais custosas, e a tarifa tem acréscimo de R$ 0,06243 por kWh consumido.

Devido à pandemia do #coronavírus, entrou em vigor uma medida emergencial: será mantida a bandeira verde até 31 de dezembro de 2020 para todos os consumidores de distribuidoras de energia no Brasil.



Tarifa Branca


A tarifa branca reflete o uso da rede de distribuição de energia elétrica de acordo com os horários de consumo: para chegar aos consumidores, a energia elétrica percorre toda uma estrutura de redes, que têm períodos de utilização mais intensos (horário de ponta) e outros de menor uso ou até ociosos (fora de ponta).


Na tarifação convencional, valor do kWh é único e igual para todos os dias, em todas as horas, estando sujeito aos acréscimos das bandeiras tarifárias, como explicamos anteriormente. Na tarifa branca, o valor do kWh varia em função da hora e do dia da semana, de acordo com os picos de consumo.


A opção de aderir ou não à tarifa branca é do consumidor. Consumidores de unidades residenciais, rurais, industriais, comércio, serviço e públicas podem optar pela modalidade, porém ela não está disponível para os consumidores residenciais de baixa renda, que já recebem benefício tarifário. Em Santa Catarina, desde janeiro de 2020 a tarifa branca é ofertada para todas as unidades consumidoras, independente do consumo mensal.


Para decidir entre a tarifa convencional e a tarifa branca, é necessário conhecer o perfil de consumo e a relação entre as tarifas:

  • Horário de ponta: período diário de 3 horas consecutivas, quando a demanda de energia é maior.

  • Horário intermediário: horas conjugadas ao horário de ponta, pode variar de 1 hora a 1 hora e 30 minutos antes e depois do horário de ponta.

  • Horário fora de ponta: período do dia quando a demanda por energia é menor. Em feriados nacionais e fins de semana, o valor é sempre fora de ponta.


Você pode consultar os postos tarifários da sua distribuidora no próprio site da ANEEL. O gráfico ao lado mostra os horários referentes à Santa Catarina.


A tarifa branca pode gerar redução na conta de luz caso haja possibilidade de "deslocar" o consumo de energia para o período fora de ponta. Monitorar o horário de utilização da energia é fundamental para a economia na conta de luz, pois caso não seja possível evitar o consumo no horário de ponta, a conta pode ser maior que na tarifação convencional.


Nós utilizamos energia diariamente em nossas rotinas, para executar atividades básicas e que hoje já se tornaram essenciais - cozimento, iluminação, climatização, entretenimento e muitos outros usos. As nossas escolhas e nosso comportamento relacionado a esse uso - como desligar os aparelhos ou as luzes quando não estamos usando ou optar por equipamentos eficientes e com baixo consumo - afetam não só o nosso bolso, mas o meio ambiente e a nossa própria qualidade de vida. Escolhas mais conscientes são o primeiro passo no caminho da transformação para um mundo mais #sustentável. Vamos juntas?


Com carinho,

L.

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